Octávio Rodrigues | 04 abril 2024
“Por ocasião dos 30 anos do SEF”
Trinta anos de SEF… Eis o que apetece partilhar convosco 😉
Trinta anos de carreira no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras! Completo eu e muitos companheiros este ano. Puxa, caramba! Assim, em bom português exclamativo que tanto gosto, sem reticências nem aspas. Apetece-me exprimir deste modo mesclando emoções com as regras gramaticais, só porque no princípio era o verbo, mas depois juntaram-se uns sujeitos com todos os seus predicados e conjugaram-se para criar a nossa ditosa língua muito amada…
SEF! Tanto a dizer em apenas três letras. Desde logo pela composição do acrónimo. Duas consoantes orais fricativas (S e F) que ladeiam uma vogal predominante semifechada €… Estas três letras, não sendo das maiores que o mundo tem, acrescentaram à nossa existência bastantes predicados que nos fizerem crescer enquanto funcionários e que modelou os seres humanos que somos hoje. Ponto final. Parágrafo!
É, pois, com um desmedido ponto de exclamação que pronuncio:
Obrigado a todos os determinantes superlativos que nos apoiaram com vários prontuários e, com a sua paciência, nos terem prevenido para os pontos e vírgulas desta vida que por vezes, de acordo com conjunções que nos sobrepujavam, surgiam sem abrir qualquer tipo de parênteses!
A todos os outros substantivos pouco comuns que tentaram adverbiar sem modos a nossa afirmação, resta olvidar a sua desorganizada sintaxe monossilábica gravada no vento.
Ciente de que uns quantos complementos circunstanciais nos fizeram arrepiar caminho e divergir até de algumas interjeições adverbiais de modo, tudo fizemos para honrar com os nossos adjetivos qualificativos, mesmo de inferioridade, as funções que nos foram confiadas para chegar ao elevado grau absoluto de satisfação de dever cumprido. Não teremos sido sempre nestes 30 anos agentes de uma voz passiva, muito pelo contrário, tentámos ser sempre uma voz ativa sempre cumpridora das regras gerais da concordância de modo que não permanecêssemos inflexivamente intransitivos, parados numa conjuntura a observar tempos compostos no passado, erradamente conjugados.
Não sendo necessário abrir aspas, para transcrever a tónica principal que mais nos qualifica, penso que em ciência e em consciência sempre se fez o que estava ao nosso alcance para que todos estes sujeitos subordinados concordassem com os esdrúxulos predicados do SEF.
Considerando que ainda faltam alguns anos para o ponto final do nosso proparoxítono percurso, continuamos ainda a guardar a nossa fé em todos os superlativos intervenientes nos processos decisórios, para que ouçam as nossas orações subordinadas e que nos assistam em todos os complementos circunstanciais que possam advir da conjugação de tempos futuros relacionados com a nossa carreira.
É ainda função imperativa relembrar todos os companheiros que não puderam acrescentar mais adjetivos de elevado grau ao percurso que temos vindo a compor, por força de um inclassificável destino cuja variável é indefinida. Que descansem em paz!
Para finalmente utilizar traços de união, e porque no fim também pode ser um verbo, sempre posso adiantar com uma pitada de emoção que vamos tentar continuar a
DIG-NI-FI-CAR!