Mesmo ao fim de mais de 20 anos de jornalismo – e após uns 36 de estar acordado para a realidade, porque foi pr’aí aos 16 que me passou qualquer ilusão de que as ideologias socialistas/comunistas poderiam alguma vez funcionar (ao contrário de muita gente, aprendi alguma economia, por um lado, e, por outro, fiquei adulto) – não deixa de me surpreender a aparente capacidade infinita de certas figuras públicas para darem as cambalhotas intelectuais que forem precisas de modo a justificarem aquilo que, elas próprias, dizem defender até à morte: a dignidade humana. Refiro-me, neste caso – são tantos à escolha… -, ao modo como os imigrantes em Portugal passaram a ser tratados após a extinção do SEF, da forma incompetente como foi feita pelos Governos de António Costa e com o apoio da esquerda parlamentar.
Convém aliás lembrar que todo o processo de desmantelamento do SEF e criação da AIMA – e consequente passagem das competências policiais para PSP e GNR – demorou vários meses, com sucessivos adiamentos, mas que tal não significou um resultado mais organizado, antes pelo contrário. (…)