
NOTA PMFSEF
Os números da imigração em Portugal, recentemente publicados e objeto de análise em vários órgãos de comunicação social, demonstram que a comunidade imigrante em Portugal mais que quadruplicou desde 2017. Recorde-se que este foi o ano da relevante alteração legislativa aprovada pelo governo da geringonça que permitiu a transformação das manifestações de interesse na regra da obtenção de autorização de residência em Portugal.
A emigração constitui um direito que assiste a qualquer ser humano em busca de melhores condições de vida.
No entanto, pena foi que , de 2017 a 2024, a imigração em Portugal tenha constituído um mero instrumento dogmático de política social, sem terem sido asseguradas as necessárias medidas de acolhimento e integração que qualquer politica de imigração regulada exige. A imigração assume nos dias de hoje contornos de enorme complexidade, não devendo ser tratada como mera medida de compensação económica na área da segurança social nem uma ferramenta acrítica e cínica de garantia de existência de oferta de mão de obra barata.
A extinção do SEF enquadrou-se nessa política de imigração de portas abertas, supostamente humanitária, já que com a extinção daquele Organismo especializado, desbarataram-se competências e conhecimentos consolidados de gestão equilibrada da imigração e abriram-se lacunas na área do controlo de permanência de estrangeiros, difíceis de colmatar.
Para alem de fomentar um claro dumping social ao permitir a entrada e fixação no país de um tão elevado número de cidadãos estrangeiros sem acautelar adequado acolhimento e integração, essa política potenciou a criação de desafios sociais com cujos resultados o País se confrontará nos próximos anos.

Imigrantes em Portugal já ultrapassam 1,5 milhões, segundo a AIMA
Dados finais devem apontar para 1,6 milhões de estrangeiros em Portugal. Segundo estas contas, estrangeiros serão 15% da população. Fim da manifestação de interesse reduziu entradas para metade.

Relatório da AIMA. População estrangeira em Portugal subiu para 15% em sete anos
O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, apresentou esta tarde o relatório intercalar da AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo) sobre a “população estrangeira em Portugal”, com severas acusações aos governos de António Costa, por terem permitido uma “imigração descontrolada”. Os imigrantes “são quatro vezes mais, em apenas sete anos”, referiu.
“Isso mudou, a imigração é agora regulada, este governo tomou medidas que já produziram efeitos”, afirmou, referindo que no último ano “o fluxo de entradas diminuiu em 60 por cento”.