Retrato da população estrangeira e fluxos migratórios em Portugal
Quem é a população estrangeira em Portugal? Que condições laborais e de vida têm? Como têm evoluído as concessões de nacionalidade e de títulos de residência? E qual o perfil de quem entra e sai do país? Estas são algumas das questões fundamentais a que a PORDATA, a base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, procura responder com os dados que agora reúne, a propósito do Dia Internacional dos Migrantes.
A questão das migrações é central na maioria dos países europeus, influenciando de forma profunda a atualidade política, social e económica. Portugal não escapa, naturalmente, a estes desafios, e importa, por isso, olhar para a evolução das migrações no país.
Neste retrato é possível perceber, por exemplo, que em 2022 havia quase 800 mil estrangeiros em Portugal – 76% dos quais originários de países extracomunitários –, perto do dobro do registado há 10 anos; a taxa de desemprego da população estrangeira era mais do dobro da média nacional; em 2021, os trabalhadores estrangeiros ganhavam, em média, menos 94€ mensais do que a média nacional; em 2022, um em cada três estrangeiros em Portugal vive em risco de pobreza ou exclusão social; nos últimos 15 anos, perto de meio milhão de estrangeiros obtiveram nacionalidade portuguesa; em 2022, entraram em Portugal 118 mil imigrantes, o valor mais alto desde que há registo; ou que, no mesmo ano, saíram de Portugal 31 mil emigrantes, menos 23 mil (- 43%) do que o registado no ano marcado pelo maior número de saídas, em 2013.
PORDATA | Dia Internacional dos Migrantes | 18 dezembro 2023